Zero Ora! - Mordendo Asfalto Vivo

O sol me acorda sempre antes das seis
Bato a poeira e recomeço o caminho
Serve carona pra onde o vento apontar
O meu destino eu desarranjo sozinho

Qualquer cidade, qualquer ponto na estrada
Serve de pouso se é um novo lugar
Sem rumo certo eu vou trocando o meu passo
Brindando à sorte que eu puder encontrar

E quando a grana acaba eu paro e entro num bar
Saco a viola e toco o blues que eu lembrar

Passo o chapéu e conto o troco que der
E se não der eu tento achar outro bar
Sigo adiante sem culpar meu azar
Eu levo a vida que a vida me dá
Que a vida me dá...

Você não entende as escolhas que eu faço
Eu não me encaixo na sua vida normal
À noite quando deito eu tenho um teto estrelado
E não me importa o que saiu no jornal

Eu já vendi sapato pra madame e doutor
Vendi seguro vendo a vida passar
Já me acabei passando graxa em motor
Jogo de bicho eu já cansei de apontar

Mas se hoje a grana acaba eu paro e entro num bar
Saco a viola e toco o blues que eu lembrar

Passo o chapéu e conto o troco que der
E se não der eu tento achar outro bar
Sigo adiante sem culpar meu azar
Eu levo a vida que a vida me dá
Que a vida me dá...